A Enciclopédia
Dividida em cinco seções, a enciclopédia explora desde a constituição da Terra e sua posição no Sistema Solar até os segredos de rios, florestas, oceanos e a dinâmica das placas tectônicas.

Com mais de 2.500 fotos deslumbrantes e centenas de infográficos didáticos, o livro transforma ciência em conhecimento acessível.

Organizada pela editora inglesa Dorling Kindersley, em parceria com a Smithsonian Institution, a enciclopédia contou com especialistas renomados de diversas áreas. Sob a coordenação de Luhr, tornou-se uma das publicações mais completas e visualmente impressionantes sobre o tema.

O Autor
James Francis Luhr (1953–2007) foi um vulcanologista norte-americano cuja dedicação às ciências da Terra deixou um legado científico e humano duradouro. Doutor em Geologia pela Universidade da Califórnia, Berkeley, destacou-se internacionalmente pela liderança em estudos sobre vulcões ativos, com ênfase no Paricutín e no Colima, no México.
Geólogo de reconhecimento global, Luhr atuou como diretor do Programa Global de Vulcanismo do Smithsonian Institution, vinculado ao Museu Nacional de História Natural. Ao longo de sua carreira, dedicou-se tanto à pesquisa da dinâmica vulcânica quanto à divulgação científica rigorosa e acessível, defendendo o papel da ciência na educação pública e na proteção da sociedade frente aos riscos naturais.
Apaixonado pela comunicação científica, teve papel central na curadoria da Galeria de Geologia, Gemas e Minerais do Smithsonian. Colaborou intensamente com cientistas mexicanos em longos períodos de trabalho de campo e presidiu por cinco anos o Departamento de Mineralogia do museu. Foi editor chefe das obras Earth (2004), publicada no Brasil com o título A Enciclopédia Ilustrada da Terra, e Parícutin: o vulcão nascido em um milharal mexicano (1993), além de contribuir para exposições, produtos digitais, CD-ROMs e para a criação de um kit educativo infantil do tipo “construa seu próprio vulcão”.
Entre suas contribuições práticas de maior impacto, destacou-se no desenvolvimento de sistemas de alerta precoce para proteger voos transpacíficos dos efeitos das cinzas vulcânicas, unindo pesquisa científica e segurança internacional.
Criativo e engenhoso, Luhr demonstrava na prática seu compromisso com o trabalho de campo. Em uma expedição no México, após ter sua bagagem extraviada, improvisou ao envolver suas sandálias Birkenstock com jornal e fita adesiva para continuar escalando terrenos vulcânicos acidentados — um episódio frequentemente lembrado como símbolo de sua dedicação incansável à pesquisa.
No plano pessoal, Jim — como era conhecido — tinha especial afinidade com crianças e era um pai amoroso e bem-humorado de suas filhas, Sigrid, então com 17 anos, e Mei-Mei (Kristina), de 9. Foi casado por 20 anos com Karen Prestegaard, a quem conheceu em Berkeley, durante o doutorado em Geologia.
Conhecido por sua barba espessa, era frequentemente comparado, em tom de brincadeira, a integrantes da banda ZZ Top. Com o embranquecer dos fios, passou a ser chamado de “Papai Noel”, apelido que acolheu com leveza — chegando a usar um gorro natalino em um voo de fim de ano, encantando as crianças a bordo.
Além da ciência, cultivava a música e a vida comunitária. Tocava violino no grupo de música irlandesa Greentop Ramblers, atuou como presidente voluntário da cidade de Adelphi, em Maryland, foi membro ativo da Igreja Unitária Universalista de Silver Spring e colaborava regularmente com a Shepherd’s Table, instituição dedicada à alimentação de pessoas em situação de vulnerabilidade. Sua crença no poder transformador das comunidades atravessava todas as dimensões de sua vida.
James Francis Luhr faleceu em 1º de janeiro de 2007, aos 53 anos, em sua residência em University Park, Maryland, em decorrência de complicações causadas pela gripe, pouco tempo após a publicação de uma de suas obras mais importantes. Nascido e criado na região metropolitana de Chicago, formou-se bacharel em Geologia pela Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. Deixou seus pais, Robert e Mary Luhr, quatro irmãos, uma irmã e a família Prestegaard.
Seu legado permanece vivo, inspirando pesquisadores, educadores e leitores a compreender melhor os processos que moldam o planeta — e a ciência como uma ponte entre conhecimento, humanidade e responsabilidade social.

Fonte: https://volcano.si.edu/gallery/ThemeCollection.cfm?galle
